quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Estou só,mas não só como antigamente
Alguma coisa mudou. Algo em mim se quebrou.
Perdi o pouco que tinha de você...isso machuca.
O que houve com a gente?
Como deixamos isso tudo acontecer?

Sinto medo, sei que nada será como antes
Mas era preciso dar o próximo passo. Era preciso arriscar...Há que se correr riscos na vida!
E eu os corri...Segui os sinais, fiz minha escolha...Disso me orgulho. Sempre escolho algo, não fico em cima do muro. 


No entanto, gosto de  optar pelo inesperado,mesmo que o resultado não seja como espero, e venha a doer depois.
Eu corri o risco,aceitei a aposta, me joguei do abismo. 
Só não podia prever o quanto eu ia sentir falta da terra firme...Mesmo sabendo que ela poderia ser uma grande ilusão!


O mais engraçado disso tudo,é que a gente escolhe, pensando que não vai doer,que vai ser feliz e sorrir, mas...sempre dói...
O próprio nome já deveria me dizer isso, não é? Inesperado...Aquilo que não se deve esperar,pois será sempre diferente. Mas a nossa natureza é danada, tem sempre aquela esperança que vem e estraga tudo. 
Nos faz acreditar que tudo pode ser como se imaginou! Que dessa vez, só dessa vez, PELO MENOS DESSA VEZ, o resultado será positivo...O que,neste nosso caso,não foi...É...Faz parte.

Estou sentindo a sua falta...será que sente a minha?
Será que um dia ainda iremos rir disso tudo?
Não sei...quem vai saber?
Só sei que a vida é assim mesmo,uma avalanche de sentimentos, que nos prega peças e faz enlouquecer.
Espero,de coração, que um dia tudo volte a ser como era. Mas minha mente sensata já grita, pois ela sabe que isso não voltará a acontecer...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Não me venha falar de amor

Não me venha falar de amor, nosso caso não é tão profundo assim.
Não me diga que vai onde eu for, porque as coisas não são tão simples.
Você diz que sou sua alegria, sou sua paz, a leveza do seu ser.
Mas, se esquece de que a sua vida não pode se basear no que eu for fazer.

Você insiste que tá tudo certo.
Que o amor acontece, e devemos pagar pra ver.
Mas, meu lindo, isso não é correto.
E nesse jogo,um de nós logo vai sofrer.

Porque eu já estou cansada de em contos de fadas acreditar.
Quero cultivar o amor aos poucos.
O amor real, e nada mais idealizar.

Por isso,não espere mais nada de mim.
Ainda não sei o que posso lhe dar...
E você merece ser feliz, e amar...com toda plenitude! Amar...

domingo, 27 de julho de 2008

Esclarecimento

Esclarecimento





Quero sentir raiva de você, mas não consigo.
Tento entender, tento fugir, tento esquecer...Tudo em vão.
Não quero mais repetir os velhos erros, procuro ir por novos caminhos, mas os efeitos, não vejo surgir...Até vejo, até percebo suas respostas às minhas provocações, sinto seu corpo reagir...Mas aí você vem com seu jeito evasivo e suas palavras bem pensadas, negando tudo, numa eterna brincadeira de gato e rato sem fim.
Não quero mais viver assim.
Quero coragem, quero abrir meu coração, e ouvir a verdade do seu. Quero entender o porque de tantos cuidados e mimos, tanta necessidade da minha atenção, se diz não querer nada de mim.
“Não faça assim, não faça nada por mim, não vá pensando que eu sou seu...”, já dizia a música.
Não me tome por aquelas com as quais você convive. Não sou como elas. Não vou morrer sem o seu carinho; vou sofrer sim, ficar frustrada, vou te chamar por nomes feios, tentar encontrar defeitos, fazer alarde, chorar escondido. Mas eu vivo sem você, e você terá de conviver com isso.
Porque ninguém é preso a ninguém, e a nossa felicidade cabe a nós mesmos. Pessoa perfeita não existe, amor ideal é construído, mas, para isso, é preciso coragem... “É preciso saber viver...”, outra canção nos ensina.
Pense nisso quando pensar em mim. Explique a si mesmo o que sou pra você, pois, ao contrário do que me diz, percebo que você ainda não descobriu...
E se não descobriu, como pode estar tão certo ao tentar me convencer?





domingo, 15 de junho de 2008

Posts da Princesa - Disfarces



Noutro dia, fui à taverna rever os amigos e entreter-me um pouco. Mas como? - Vocês podem pensar. - Como uma princesa visita a taverna?Este é um lugar para guerreiros, príncipes, poetas e simples camponeses, não para a filha de um rei.

Sim, de fato, vocês têm razão. Contudo, como já lhes adiantei em conversas anteriores, se, por um lado, sou presa ao cargo real ao qual fui designada ao nascer; por outro, conquistei a liberdade através de minhas escolhas e meus disfarces. Aqui, quando saio escondida, não sou mais a princesa e sim, uma simples plebéia e, como tal, posso freqüentar o ambiente que bem entender.

É claro que não me arrisco a ir onde possa ser reconhecida. Tampouco mostro minha face ou converso com quem queira; como já disse, visito os amigos, e vou disfarçada. Mudo minhas vestes reais para simples tecidos de algodão cru, cobertos com uma capa escura. Esta protege também meu rosto.Procuro não chamar atenção. Entro quieta, e observo a tudo, e a todos.

Esta aventura também me serve de escola algumas vezes. Agindo como uma pessoa comum, obtenho aprendizados que não conseguiria como princesa. Olho atenta às pessoas; vejo como se portam, como vivem, e posso até descobrir seus anseios e angústias.

Acabei percebendo que não sou a única disfarçada ali. Não, não falo da troca de identidade da realeza...Falo do disfarce da face, das atitudes, até mesmo das palavras.
Quantas vezes enxerguei o sofrimento por trás de um sorriso, o amor, por trás das palavras de desdém, a insegurança, em atitudes agressivas? O interessante, e contrastante nisso tudo, é que não se consegue disfarçar o olhar. E como os olhos conseguem gritar em silêncio!
Palavras são ditas, atitudes tomadas, sorrisos, tudo, tudo isso se pode forçar. Menos o olhar...Até mesmo aos atores é árdua a tarefa de o controlar.

Mas penso, sinceramente, no quão simples a vida seria se não usássemos tantos disfarces. Se todos pudéssemos demonstrar em palavras, atitudes e sorrisos ou lágrimas, o que sentimos e como somos. Haveria mais discussão? Talvez. Porém, penso que haveria mais confiança no semelhante também. Jamais entraríamos numa relação sem saber qual a real intenção do outro, por exemplo. E quantas guerras seriam evitadas...Quantos reinos ainda estariam de pé?

Sei que sou utópica demais. Sei também que não há reino perfeito. E que fomos criados na imperfeição. No entanto, a cada aprendizado trabalho para conseguir ensinar a alguém a ser mais livre, mais consciente de suas qualidades e falhas, mais maduro.

Porque reino encantado não existe, mas sempre podemos ser pessoas melhores...


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Posts da Princesa - Estiagem

Nos últimos dias, a chuva nos brindou com sua presença. A estiagem, não muito comum em nossas terras, já perdurava por duas estações. Sem condições de colheita, alguns de nossos súditos migraram para reinos distantes, à procura de sustento e sobrevivência.

Dentre os que aqui permaneceram, muitos morreram pela fome ou nas lutas pelos restos que sobravam do castelo. A crise estava gerada.

Diante dos pés rachados de seus vassalos, meu pai resolvera buscar alianças nos reinados vizinhos, mas, nem todos eram como ele, sensível ao sofrimento de seu povo.

O rei encontrava-se só em sua batalha. Contando apenas com os poucos recursos que nos restavam, traçou metas e decretou novas leis que deveriam ser seguidas: tudo em função de minimizar o padecimento geral. Mas isso não fora suficiente, era preciso, no entanto, que todos entendessem e aceitassem suas decisões.

Foi então que um feudatário, singelo como suas vestes, solicitou uma hora conosco. Ele tivera uma idéia para que todos trabalhassem em prol da mesma meta, alcançando assim a melhoria das condições gerais. Pediu permissão para conversar com os súditos, e solicitou que meu pai decretasse que as mesmas leis deveriam também ser seguidas por todos os habitantes do castelo. E assim foi feito.

Hoje, nosso reino retornou à sua força de outrora, e todos retornaram às suas vidas cotidianas. O diferencial é que agora todos percebemos que, juntos, podemos sim fazer a diferença, e nos tornarmos uma nação ainda mais potente e em paz.

Somente quando nos vemos em situações desesperadoras, encontramos força para atravessá-las. E essa força aparece de onde menos se espera...