domingo, 18 de novembro de 2012

Sou errada, sou errante, sempre na estrada, sempre distante...

Tava aqui pensando...Eu sempre fiz parte, sem participar. E sempre participei sem fazer parte. Isso é muito louco, mas é reflexo da minha vida.

Ontem, assistindo ao Altas Horas, ouvi o Seedorf dizendo que "não sente falta de lugar algum, uma vez que muito cedo saiu de sua terra natal, e passou a maior parte da vida viajando de lugar em lugar. Já se considera um cidadão do mundo, vivendo o hoje p
lenamente, sem saudades". Lembrei um pouco de mim. Não viajei o mundo ainda mas, já mudei bastante de casa. E essa sensação, de não pertencer a lugar algum, eu sinto constantemente...
Como diriam meus amigos do grupo Grupo Folclórico Banzé, parece que minha música mesmo é: "Sou errada, sou errante, sempre na estrada, sempre distante...Vou errando enquanto o tempo me deixar..."

Isso costumava me incomodar outrora...Hoje não mais. Afinal, cada um tem a sua vida,né? E nada pode ser igual. ;)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sometimes...


Às vezes, uma brincadeira não passa de... Uma brincadeira! Ok, eu sei, às vezes, não.
Mas, a vida é leve, sempre existe a sexta-feira.  Não leve tudo tão a sério...

Às vezes, machucamos um coração mesmo sem querer... Ok, eu sei, às vezes, não.
Mas, a vida é breve, sempre existe um outro lado das coisas. Não se maltrate. A vida é sempre um mistério...

Às vezes, queremos que as coisas aconteçam do nosso jeito. Ok, eu sei, às vezes, não.
Mas, se isso te serve, acho que é absolutamente normal querer fugir um pouco de si mesmo. Não somos santos, nem vivemos num monastério...

Enfim, o que quero dizer é, viva bem, durma bem, ame muito, mesmo sem um amor.
Não sofra tanto por tantas coisas pequenas, abra a sua cabeça, e aumente o som.
Porque a vida é curta demais pra  perdermos tempo com tantas banalidades...
Saia do virtual e vá viver de verdade! Seja feliz, enquanto ainda tens idade.

16/11/2012 - 11:30h

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pássaro Ninja


Era uma vez, um pássaro ninja.

Que, além de voar, vivia a desbravar novas possibilidades, e toda ideia que surgia.

Ele não tinha medo, receio, e também detestava covardia.

Mas também, tinha os seus segredos, como o presente de uma fada, uma pequena porção de magia. Só que não podia usá-la todo dia... Senão, esta, com certeza, acabaria.

Um dia, o pássaro ninja, viu-se diante de uma imensa e perigosa parede cinza. Decidiu que, esta, ele escalaria.

Começou a escalada, com seus pulos de alegria, quando percebeu que a parede estava escorregadia!! E, aquela mistura gosmenta acabou por envolver suas asas, deixando-o em total paralisia!

Então, o Pássaro Ninja não titubeou, e usou seus poderes de magia.

Mas seu poder acabou, e, àquela altura, nem as asas mais ele batia...

Que desespero!! Quanta agonia!!!

Foi quando, dos conselhos de seu mestre, ele se lembrou, uma daquelas lições de muita sabedoria...

E recomeçou a escalada, de pulo em pulo, sem olhar para trás, em movimentos de total ousadia.

Já não adiantava olhar para baixo, sentir-se frustrado, ou com melancolia.

Foi seguindo, seguindo, pulando, se esquivando, mesmo sabendo de todas as armadilhas.

E quando percebeu...Quanto orgulho!! Seu objetivo alcançou, e pôde curtir sua vitória, com total euforia!

E se for assim?


E se for assim?

E se o tempo passar, e você não voltar pra mim?
E, se o não vier, ao invés do tão esperado sim?

E se for assim?

Como serão meus dias, e as madrugadas, acordada, sem fim?
Como serão meus beijos, meus abraços, sem nenhum  “afim”?
Se você ficar aí, e não me explicar tintim por tintim?

E se for assim?

O que será de mim?

Sem o teu olhar, a direcionar o meu?
Sem o teu amor, a  iluminar meu breu?

Será você sem mim?
Serei somente eu?

sábado, 4 de agosto de 2012

Livre arbítrio?





Como toda menina, sempre sonhei em ser bailarina. A primeira do Municipal... Não fui.
Como toda criança, sonhei em, um dia, tornar-me professora... Também não fui.
Cantora, advogada, arquiteta, publicitária, comunicadora, tudo isso já sonhei me tornar... Igualmente, não consegui.
Como toda menina, sonhei em ter um amor, um belo, grande e único amor na vida. Até tive, mas não consegui vivê-lo. Veio outra e tomou...
Como toda criança, sempre me imaginei uma mulher madura, adulta,sábia, famosa, independente, rica, com um corpo escultural e  repleta de admiradores. Não sou nada disso. Sou o oposto de tudo, aliás...
Entendo que as coisas na vida não são exatamente como desejamos, mas sim como devemos receber mas, fico, a todo instante, me perguntando, como seria, se ao invés de investir pesado nos estudos, eu  tivesse investido no estudo da dança, ou do canto, ou até mesmo no amor... Num daqueles sonhos primários que tão forte estavam em minha mente.
Será que minha vida teria sido diferente? Ou será que o Destino, o tal, famoso, e imbatível, não me permitiria sê-lo?
Até que ponto nossas escolhas influenciam no que nos tornamos? Até onde somos realmente “livres” para escolher?
Ou há um instante em que a vida nos dá uma rasteira, e nos ensina tudo o que precisamos aprender (mesmo que nossa escolha seja um alienado permanecer)?
Como podem perceber, tenho cá minhas dúvidas... Ora penso ser eu dona de mim mesma, dos meus sonhos e planos, ora caio numa realidade em que, de fato, existe uma força maior a nos guiar, mesmo que iludidos pelo “livre arbítrio”, e que nos faz um certo (e determinado) caminho trilhar.

E você, o que pensa a respeito?

(Montes Claros, 26/02/2011, às 14:40h)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Minha visão do amor


As pessoas me vêem com tamanha certeza sobre o amor que, às vezes,  se confundem. Acham-me romântica demais, julgam-me sonhadora ao extremo, algumas  dizem que tenho síndrome de "Cinderela", ou pareço a "Poliana"...Tudo isso porque não pulo de relacionamento em relacionamento, não sou de, apenas, "curtir o momento",  mas; o fato, é que tenho uma visão muito clara sobre o amor.

Não, eu não espero pelo príncipe. Se assim o fizesse, morreria seca; eles já não existem mais...

Sim,sou romântica, intensa, visceral...Gosto de carinho, entrega, confiança, cuidado, gentileza, mas acredito nisso em qualquer situação da vida,entendem? Sou assim com minha família, meus amigos, meus bichos, com as pessoas que nem conheço e, sim, com os amores que a vida me apresenta...É minha natureza cuidar e ser carinhosa...Fazer o quê? E quem não gosta dessas coisas?

Mas, principalmente, acredito num amor que tudo vê...Ele não é cego como dizem. A paixão sim, cega tudo, todos, nos faz viver um redemoinho de sentimentos loucos, e por vezes incontroláveis, fazendo com que nos tornemos quase que dependentes do outro. Mas o amor, não...

O amor enxerga os defeitos. E fala deles. O amor quer ver o outro melhorar.
O amor faz você discutir muitas vezes, tentando entrar num acordo pelo canal da tv, pelo programa que vão fazer,ou por qualquer outro assunto.
O amor suporta a distância,o silêncio, e até mesmo o desprezo alheio.
É um sentimento tão sublime que ignora qualquer convenção...
É um desejo tão nobre, que inspira o cuidado e a afeição...
O amor não explode, aquece.
Não "pira", padece.
Não insiste, espera...
Não te inquieta, te acalma.
Pra mim, o amor é um encontro de almas...

Mas, estas, devem estar preparadas, para que o encontro aconteça no momento certo. Então, para isso existem a atração, a paixão, os romances secretos...Aqueles que, já no início, sabemos que não têm muita chance de sucesso mas, mesmo assim,  pulamos desse abismo e nos jogamos...

Tudo em nome do aprendizado. Tudo em prol do crescimento. Tudo para que o seu momento chegue, e junto dele, aquele amor, que você espera há tanto tempo...


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Agonia

A saudade é algo um tanto quanto estranho,sinto o seu cheiro de novo, o aconchego do teu corpo.E então revejo cenas do nosso passado,não desculpo os seus tropeços,nem sei o que fiz de errado.

Eu prometo, eu confesso: estou tentando te esquecer...Mas tudo em minha volta só me faz lembrar você!Já não sei mais o que faço pra tirar você da mente...
Resgatar minha auto estima, e tentar seguir em frente?


Eu te amo mais, muito mais do que te amei um dia.Esse amor só cresce em mim, me invade e angustia.Já tentei descobrir, fiz até terapia! Mas não acho uma resposta pra essa minha agonia.
Só queria entender o porque de tudo isso. Só queria saber por que razão você se foi.Só quero conseguir voltar a viver em paz.Te tirar do coração, e não mais olhar pra trás.

domingo, 29 de abril de 2012

Um Cordel para a Bel


Ontem saí com a Bel
E ela pediu que eu lhe fizesse
Uma poesia bem bonita
Ou uma canção agreste
Para homenagear
Essa amiga tão alegre
 

Resolvi então criar
Neste pedaço de papel
Uns versinhos singelinhos
Disfarçados em cordel
Para então eu agradar
Minha grande amiga Bel


 Ela chega no barulho
Produzida, usando salto
Dá risadas, com orgulho
Sempre falando bem alto
Fazendo-se percebida
Por todos ao seu lado


 E de cá, eu bem quietinha
Sempre chego disfarçada
Ando só de rasteirinha
Mas também dou umas risadas
Com essa amiga tão querida
Que é sempre animada


 Sinceramente, linda Bel
Não sei como você aguenta
Essa Rosanna tão “velhinha”
Que parece já ter oitenta
Sempre tão desanimada
Nas farras que você inventa.


 Acho que isso se explica
Pela nossa amizade
Que é de graça, e bem bonita
E, com certeza, é de verdade
E irá se estender
Por toda a eternidade.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Solidão

Algumas pessoas têm medo da solidão. Eu não. Faço dela minha companheira de jornada, amiga pra qualquer parada, daquelas que não te abandona, mesmo se você assim o quiser.

Minha solidão é salutar, e totalmente construtiva. Nela, quebro paradigmas, penso,repenso a vida, me desfaço, me espedaço...Me refaço, enfim...Sempre sozinha.

Ao perdermos o receio de encará-la de frente, ela se aproxima,  e, como quem não quer nada, tira as vendas represantes da ilusão. Destrói toda e qualquer paixão, especialmente aquelas passageiras e sem nexo, onde só um se doa, e traz de volta o amor próprio.

Quando a encaramos de frente, e nos deparamos com nós mesmos (e mais ninguém!), começamos a entender o porquê de tantos comportamentos confusos e passados...Também percebemos porque algumas características nossas insistem em permanecer conosco, mesmo que o tempo, as pessoas, o ambiente, e o universo enfim, tentem nos fazer mudar.

Ficamos cara a cara com a nossa própria essência...E de uma maneira tão inquietante, tão intensa,  que não dá pra mentir, fugir, muito menos se omitir nada. Somos nós que estamos ali, desnudos, desmascarados, à mercê de nós mesmos!

Aí, meus caros, só nos resta decidir: ou nos amamos, ou nos deixamos de lado de vez...

Mas aí é que vem, meu gosto pela tal da solidão! Nunca vi, até hoje, tal pessoa, que, ao ter que fazer essa escolha, ficasse com a segunda opção!