segunda-feira, 6 de maio de 2013

De que vale?


De que vale ter o carro mais caro, se você anda nele sozinho?
De que vale ter o corpo perfeito, se seu coração está vazio?
De que vale dizer que faz e acontece, quando dá as costas a um amigo?
De que vale ter um sorriso que aquece, se por dentro tudo está tão frio?
Não entendo porque fingimos tanto. Porque mudamos tão rapidamente de opinião.
De repente, tudo fica extremamente estranho, como se o carinho, tão antigo, fosse em vão.
Não compreendo o porquê de muitos porquês. Tudo tem que ter mesmo explicação?
Finge que é forte, finge não sofrer mas, no fundo, é pura desilusão.

De que vale se afirmar aos outros, se na vida, você é seu pior vilão?
Pense nisso, pare e reflita um pouco. E acabe com a mania de ter sempre razão.

Um comentário:

  1. Foram 60 textos até hoje, desde 8 de fevereiro de 1993 (esta correta esta data?); 60 prosas intimistas em que a autora se revela e se desvela ao mundo, alternando a prosa de sentimento e àquela em que tece crítica à sociedade em que vive. Reflexões do cotidiano que somente àqueles que ousam, como vanguardistas, são lhes dadas a liberdade de apontar caminhos. Textos críticos e autocríticos que se revelam inovadores, abrangentes e com um viés existencial, sem no entanto adentrar pelos meandros da angústia. Parabéns Rosanna(!)você já conquistou leitores e, portanto, seu Diário não é mais de uma ilustre desconhecida. De que vale? Vale o alerta, para que no trânsito da vida esse outro não seja mais vilão. Essa a tarefa do escritor(a).

    ResponderExcluir