segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Tum

Mesmo que eu te diga uma só palavra,
você não irá ouvir.
Mesmo que eu te grite, cheia de mágoa,
você não está mais aqui.
Mesmo que eu chore aos quatro cantos,
o alívio não há de vir.
Mesmo que eu te xingue com espanto,
você não irá sentir.

Mesmo que eu rode o mundo inteiro,
não irei te reencontrar.
Mesmo que eu ganhe muito dinheiro,
não consigo te comprar.
Mesmo que eu acorde desse sonho,
você não estará lá.
Mesmo que eu precise do teu colo,
você não vai me amparar.


Mesmo que me digam, "isso passa!"
não consigo acreditar.
Mesmo que o tempo apague a marca,
não irá cicatrizar.
Mesmo a saudade que amordaça,
não consegue te matar!
Mesmo que a distância seja amarga,
quero ainda te buscar.




PS:Esse poema é uma singela homenagem ao meu "Bonitinho", Luiz Fernando Vieira Ogando, que voltou pro céu cedo demais, deixando todos carentes do seu sorriso, afeto e jeito menino de ser.





domingo, 2 de fevereiro de 2014

Eis que...

Eis que é chegado o tempo
do tempo de se dar tempo
de tempo plantado, tempo
ao tempo que está por vir.

Eis que é chegado o instante
do que é belo e relevante
do amigo, do amante
do que se morre de rir.

Eis que é chegada a hora
de esquecer porque se chora,
de viver somente o agora,
e ser como um colibri.

Eis que é chegada a rima
que completa, que combina
e que, como a bailarina
vive a nos seduzir.