segunda-feira, 6 de maio de 2013

Coração vagabundo


Ah, coração machucado, que insiste em assim ficar!
De tanto ser maltratado, acabou por se acostumar.
E foi ficando amargurado, de tanto mal amar,
Que já não sabe a que veio, vive a se perguntar.

Ah, coração inocente, que teima em sofrer!
Será que você não entende que é preciso continuar a viver?
Parece que está contente, ou sente imenso prazer,
Em me ver, em minhas mazelas, assim desfalecer.

Ah, coração vagabundo, que não esquece essa dor!
Não sabe que, lá no fundo, essa história já acabou?
Parece um moribundo, insistente ou gozador,
E vive no passado, tentando

reconquistar seu amor.


De que vale?


De que vale ter o carro mais caro, se você anda nele sozinho?
De que vale ter o corpo perfeito, se seu coração está vazio?
De que vale dizer que faz e acontece, quando dá as costas a um amigo?
De que vale ter um sorriso que aquece, se por dentro tudo está tão frio?
Não entendo porque fingimos tanto. Porque mudamos tão rapidamente de opinião.
De repente, tudo fica extremamente estranho, como se o carinho, tão antigo, fosse em vão.
Não compreendo o porquê de muitos porquês. Tudo tem que ter mesmo explicação?
Finge que é forte, finge não sofrer mas, no fundo, é pura desilusão.

De que vale se afirmar aos outros, se na vida, você é seu pior vilão?
Pense nisso, pare e reflita um pouco. E acabe com a mania de ter sempre razão.