quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Solidão

Algumas pessoas têm medo da solidão. Eu não. Faço dela minha companheira de jornada, amiga pra qualquer parada, daquelas que não te abandona, mesmo se você assim o quiser.

Minha solidão é salutar, e totalmente construtiva. Nela, quebro paradigmas, penso,repenso a vida, me desfaço, me espedaço...Me refaço, enfim...Sempre sozinha.

Ao perdermos o receio de encará-la de frente, ela se aproxima,  e, como quem não quer nada, tira as vendas represantes da ilusão. Destrói toda e qualquer paixão, especialmente aquelas passageiras e sem nexo, onde só um se doa, e traz de volta o amor próprio.

Quando a encaramos de frente, e nos deparamos com nós mesmos (e mais ninguém!), começamos a entender o porquê de tantos comportamentos confusos e passados...Também percebemos porque algumas características nossas insistem em permanecer conosco, mesmo que o tempo, as pessoas, o ambiente, e o universo enfim, tentem nos fazer mudar.

Ficamos cara a cara com a nossa própria essência...E de uma maneira tão inquietante, tão intensa,  que não dá pra mentir, fugir, muito menos se omitir nada. Somos nós que estamos ali, desnudos, desmascarados, à mercê de nós mesmos!

Aí, meus caros, só nos resta decidir: ou nos amamos, ou nos deixamos de lado de vez...

Mas aí é que vem, meu gosto pela tal da solidão! Nunca vi, até hoje, tal pessoa, que, ao ter que fazer essa escolha, ficasse com a segunda opção!