quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amor x Paixão

A Paixão diz ao Amor:

_ Você não é arrebatador!

E  o Amor, responde à Paixão:

_ É, Paixão, realmente, sou não.

A Paixão afirma ao Amor:

_ Você não tem o meu vigor!

E o Amor, mais uma vez, responde:

_ É, Paixão...Realmente, tenho não.

A Paixão, então, "alfineta" o Amor:

_ Você não provoca sequer uma dor? Não é nem um pouco avassalador.
Como, então, pode ser tão desejado pelos humanos?

E o Amor ri da sua ingenuidade inquietante(comum à Paixão), e anuncia:

_ É que eu sou o aconchego, a paciência, calmaria. Sou o olhar nos olhos,
que nenhuma palavra pronuncia. Sou a paz, o calor, a alegria...A saudade,
mesmo que o tempo afastado seja só de um dia...
Sou o desejo, que não é cego, enxerga os defeitos, e os aceita.
Sou a felicidade, a história construída, os frutos...O passado, presente, e o
futuro. Sou intenso, certeiro e, ao contrário de você, Paixão, nunca me engano.
Deve ser por isso que sou tão buscado pelos humanos!

A Paixão então saiu pela tangente... E foi, de um jeito surpreendente,
procurar outro sentimento para, dele, caçoar.

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