sábado, 4 de agosto de 2012

Livre arbítrio?





Como toda menina, sempre sonhei em ser bailarina. A primeira do Municipal... Não fui.
Como toda criança, sonhei em, um dia, tornar-me professora... Também não fui.
Cantora, advogada, arquiteta, publicitária, comunicadora, tudo isso já sonhei me tornar... Igualmente, não consegui.
Como toda menina, sonhei em ter um amor, um belo, grande e único amor na vida. Até tive, mas não consegui vivê-lo. Veio outra e tomou...
Como toda criança, sempre me imaginei uma mulher madura, adulta,sábia, famosa, independente, rica, com um corpo escultural e  repleta de admiradores. Não sou nada disso. Sou o oposto de tudo, aliás...
Entendo que as coisas na vida não são exatamente como desejamos, mas sim como devemos receber mas, fico, a todo instante, me perguntando, como seria, se ao invés de investir pesado nos estudos, eu  tivesse investido no estudo da dança, ou do canto, ou até mesmo no amor... Num daqueles sonhos primários que tão forte estavam em minha mente.
Será que minha vida teria sido diferente? Ou será que o Destino, o tal, famoso, e imbatível, não me permitiria sê-lo?
Até que ponto nossas escolhas influenciam no que nos tornamos? Até onde somos realmente “livres” para escolher?
Ou há um instante em que a vida nos dá uma rasteira, e nos ensina tudo o que precisamos aprender (mesmo que nossa escolha seja um alienado permanecer)?
Como podem perceber, tenho cá minhas dúvidas... Ora penso ser eu dona de mim mesma, dos meus sonhos e planos, ora caio numa realidade em que, de fato, existe uma força maior a nos guiar, mesmo que iludidos pelo “livre arbítrio”, e que nos faz um certo (e determinado) caminho trilhar.

E você, o que pensa a respeito?

(Montes Claros, 26/02/2011, às 14:40h)