domingo, 12 de dezembro de 2010

Tradição

O sino toca na Igrejinha
ouço, ao longe, os cantos da marujada
é mês de Agosto, é dia de festa
catopês e caboclinhos saúdam em sua chegada:




_ Viva Nossa Senhora do Rosário! Viva!

Deus te salve, ó linda cidade
Onde ainda existe a tradição
que ensina a toda essa mocidade
a importância do folclore para a região

_ Viva o Divino Espírito Santo! Viva!!


Bandeiras e mastros dançam com seus pares
velhos e crianças, anônimos, famosos.
A tradição não tem cor, raça, sexo
é a plena união dos povos.






Nos semblantes, a simplicidade de uma vida sofrida
Nos uniformes e chapéus, orgulho de uma caminhada
_Salve,salve, Nossa Senhora!
Vamos saudar os catopês, caboclinhos e a marujada!


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PS: Esse texto é dedicado a todos aqueles que fazem o folclore permanecer sempre forte em Montes Claros, em especial, ao querido Mestre Zanza, exemplo de fé, coragem e perseverança. Viva as festas de Agosto! Viva!!



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chove no Sertão



Chove no sertão como há muito não chovia
Essa chuva forte como há muito não se via
Chove no sertão, e vai molhando a rodovia
Essa chuva forte traz riqueza e alegria

O sertão ficou seco por muito tempo, uma agonia
Sem uma gota d’água, com o chão rachado, respirando a pó
Sedento por um sinal do tempo, uma ventania
Que trouxesse a vida e afastasse esse calor de dar dó...

Chove aqui no sertão, veja só, mais que beleza
Essa chuva, tão forte, trouxe consigo a riqueza
Eu já posso plantar minha horta na certeza
De que as coisas melhoram e essa é a maior grandeza...


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ah, se eu soubesse...

Sinto sua falta. Onde você está?

Será que sabe que eu existo? Será que, ao menos, tenta em mim pensar?

Olhe à sua volta, não estou aí. Há algo de errado nisso!

Devia estar aqui comigo, sentindo meu corpo, rindo das minhas agonias pueris.

Devia me dar um beliscão na barriga, e falar que tudo vai ficar bem. Que essa angústia é em vão e que, afinal, tudo na vida são “ajustes” que devemos fazer.

Há algo de muito errado conosco. Pessoas certas no momento errado, talvez. Ou pessoas erradas, vislumbrando que, seu momento, seja ele qual for, já passou?

Não sei... Só sei que assim estamos. E “é assim que vai ser agora?” você, bem certo, certa vez, me perguntou.

Ah, se eu soubesse o que o destino nos reserva... Ah, se eu soubesse...

Por quê?

Por quê?
Pra quê?

O que vou tirar de bom dessa história? O quanto irei crescer?
Não entendo, por mais que me esforce a entender. Não me acalmo, por mais que tente não me zangar.
Estou muito frustrada! Não sei, nem ao menos, se quero meu coração sossegar.
Estou triste...
...sem perspectiva...
...sofrida, com dores.  Busco uma resposta pra minha vida, meu trabalho, meus amores...
Que amores, meu Deus? A quem pretendo enganar? Quem vai comprar essa ilusão que é só minha?
Só minha...
                Só...
                               Sozinha...
                                               E fim de papo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Abismo

de repente o abismo
de repente foi-se o riso
de repente veio a discórdia
e, como a chuva, trouxe o sizo.
Num instante, o que antes se tinha
Fez-se vácuo, oco,vazio.
E de repente, o amor que se supunha
transformou-se em nada, perdeu o viço.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Desapego

Amigos não são mais amigos.
Amores, já o deixaram de ser.
A vida, outrora tão simples,
Hoje  não se pode entender.

É estranho perceber que o mundo
Não está sob o seu controle
É difícil enfrentar as dores
De algo não mais te pertencer

Pessoas não são coisas
 Coisas, pessoas não são.     
O cheio, agora está vazio
E o silêncio, “gela” o coração.

É preciso praticar o desapego
Amar sem espera
Sem retorno
Sem obrigação.

É urgente viver com mais sossego
Domar suas feras
Aparar as arestas
E praticar o perdão.

(Iniciada em 02/2008. Finalizada em 15/04/2010).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Moço


Moço bonito de sorriso matreiro,
olhar certeiro e coração gigante!
Traz consigo a pureza de menino dentro dos olhos
e, nas atitudes, a sobriedade de um homem.
Homem como poucos, aliás.
Que, de se entregar foi capaz,  sem me conhecer, sem pestanejar.
E como é bom contigo estar!! E me sentir aceita. E dar risadas, sem com nada me preocupar...
Você diz que te ajudo a muita coisa superar...mas não faz ideia do bem que me faz...Nem do quanto é bom te abraçar!!

Por essas e por outras, moço bonito de sorriso matreiro, olhar certeiro e coração gigante, é que te digo:

Adoro esse seu carinho amigo, gratuito e seu jeito "ligeiro"  de ser. Tem me ensinado muito, acho que, o
quanto, vc nunca irá saber...

Obrigada por me deixar, do seu mundo, parte fazer...Adoro vc!



*Essa poesia foi feita em resposta a carinhosos versos de um amigo querido.