Olho ao longe, e percebo daqui do alto o grande império de meu pai. São muitos os que de sua governância dependem. Nesse instante, sinto-me até mesmo feliz com meu posto, que, em minha mente aventureira faz-se tão inerte.
Contudo, minha árdua vontade em batalhar ainda grita forte dentro de mim. Sei que devo seguir as atribuições às quais fui delegada, mas, sei também que o desejo de luta está imbuído nesse querer cuidar, nessa sina real que me atira às mais vis inquietudes.
Quero ir adiante, defender com ousadia e meus braços todo o trabalho que meus antepassados tiveram ao construir nossa nação.
Por certo, devo encontrar o equilíbrio ideal entre a necessidade e o dever, entre a paixão e a razão. Afinal de contas, como herdeira do trono, tenho que manter a serenidade requisitada para governar.
Diante dessa confissão pública de minhas fragilidades, sinto-me um pouco melhor do que antes, apesar de todos os conflitos nos quais me encontro. E, apesar de ainda estar em dúvida, creio que consegui começar a decifrar o melhor caminho a tomar.
Sim, é preciso defender os interesses da coroa, mas, para isso, não é obrigatório que abandone minhas aspirações pueris.